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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pais precisam se reeducar para aprender a educar seus filhos

Pais precisam se reeducar para aprender a educar seus filhos

palmada-2Diversas tradições são passadas de geração em geração, entre elas, a de dar palmadinhas nos filhos. Certamente uma palmadinha não é prejudicial à saúde de uma criança, com essa visão tradicionalista segundo pesquisa dos , 54% dos brasileiros são contra o projeto de lei que ficou conhecido como “Lei da palmada”.
Pois com a lei da palmada em vigor, pais, babás e educadores teriam de pensar duas vezes antes de punir as crianças com as palmadinhas, consideradas pedagógicas por alguns.
Alguns psicólogos arriscam a dizer que:  à falta de autoridade dos pais podem comprometer a educação dos filhos que não aprendem a ouvir um “não” e acabam não conseguindo respeitar as regras que são impostas.
Assim os filhos acabam tomando controle da situação se tornando dominante dos pais e ocorre um inversão de papeis.  Ao invés de falar que a autoridade dos pais podem comprometer a educação dos filhos que não aprendem a ouvir um “não” e acabam não conseguindo respeitar as regras que são impostas, mas tais regras impostas não são com agressões físicas.
Quem apanhou, já bateu nos filhos?
A pesquisa apontou que a maior parte dos entrevistados apanhou dos pais e já bateu nos filhos. Do total de 10.095 pessoas, 74% dos homens e 69% das mulheres disseram terem apanhado dos pais. O estudo ainda mostrou que os meninos apanham mais que as meninas e que as mães batem mais que os pais.
Ser agressivo com as crianças acaba ensinando a elas a também se tornarem pessoas agressivas sabendo que cada filhos segue o exemplo dos pais, mas também cada filho tem sua própria personalidade, diretamente ou indiretamente influenciada pelos pais.
É certo que buscar modelos inspiradores de educação perfeita acabam confundindo os pais, pois algumas vão contra seus próprios princípios. O tapinha ou palmada passa para a criança o conceito que o mais forte sempre tem razão, sendo assim, a mensagem que fica é que batendo também se consegue o que quer, quando se tornarem adultos, eles não vão ser capazes de sentir compaixão pelos menos afortunados, além de querer ganhar as coisas na força.
A palmada tem um efeito de ciclo de violência e bater pode gerar consequências. Pais que batem reproduzem o modo como foram educados no passado. É assustador colocar um adulto diante de uma criança indefesa, ainda mais quando esse adulto é responsável por zelar pela segurança da criança.
Piaget identifica no desenvolvimento, onde a criança progride de um estágio para outro.  Segundo uma pesquisa feita na Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, as mães que punem seus filhos com castigo e palmadas para discipliná-los geram consequências negativas para filhos. Ainda mais, quando essas crianças chegam aos cinco anos e vão para creches e escolas, elas demonstram comportamentos agressivos, gritam e brigam com as demais crianças a sua volta.
A conversa é o melhor caminho?
Há outras formas de impor limites, como aumentar o tom de voz explicando o porquê da punição e o que a criança fez de errado. A conversa é o melhor caminho.
Muitos pais nunca bateram em seus filhos, pois não preciso agredir uma criança para educá-la, até porque bater dói na hora e depois passa e a  lição de moral e os ensinamentos são para vida toda.  O correto é na hora da correção colocar o filho para pensar no que fez até que ele se acalme, depois conversar, sabermos que o respeito vale mais que o medo.
Enfim, os pais precisam se reeducar para aprenderem a ensinar seus filhos, os reais valores que constroem uma pessoa, não se deve passar a mão na cabeça e ignorar as coisas erradas que os filhos fazem ou tentar corrigi-los com palmadas, que podem se tornar espancamentos, e assim os pais devem procurar outros meios como o diálogo.
Valdivino AlvesValdivino Alves é Pedagogo, Psicopedagogo, Matemático, Contador, Consultor Tributário, Professor e Escritor. Autor de projetos e livros na área de educação, pesquisador em comportamento da aprendizagem e desenvolvimento da inteligência. Possui graduação em Pedagogia, Matemática, Ciências Contábeis e Direito. Pós-graduado em Educação Matemática Comparada, Pós-graduado em Piscopedagogia Clínica e Institucional e Mestrado em Psicologia Organizacional. Escreve sobre, educação, comportamento e Direito.  
Site: www.valdivinoalves.com.br  E-mail: prof.valdivinoalves@bol.com.br

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