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sábado, 23 de junho de 2012

CAATINGA PERDEU 45,6%


Caatinga perdeu 45,6% da vegetação original, diz IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na segunda-feira (18), a pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2012, a dois dias do início da cúpula da Rio+20, em que mais de cem chefes de Estado discutirão o futuro do planeta. Entre outros dados, traça o retrato do desmatamento no País. Pela primeira vez o instituto apresenta os dados de devastação de todo o território, além da Amazônia. A caatinga perdeu 45,6% de seus 826,4 mil km² originais. O Pantanal é o menor e mais preservado bioma: perdeu 15% da área total de 150,4 mil km². As informações referem-se a 2009. Os indicadores revelam que estão preservados apenas 12% da área original da Mata Atlântica, o bioma mais devastado do país. De 1,8 milhão km², sobraram 149,7 mil km². A área desmatada chega a 1,13 milhão km² (88% do original), o que corresponte quase o Estado do Pará e mais que toda a região Sudeste. Os dados se referem ao ano de 2010. Depois da Mata Atlântica, o Pampa gaúcho é o mais desmatado: perdeu 54% de sua área original, de 177,7 mil km² até 2009. A devastação do Cerrado, segundo maior bioma do País, chegou a 49,1% em 2010.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Rio +20


Rio +20

Nações devem ir além do que está proposto na declaração da Rio+20, diz Dilma

Lilian Ferreira
Do UOL, no Rio
"Construimos aqui consensos históricos, o que foi possivel naquele momento. É o ponto de partida e não de chegada. As nações chegaram até ali, não significa que os paises não podem ter suas próprias politicas. A partir deste momento, as nações devem avançar. Ninguém pode ficar aquém, todos devem e podem ir além dessa posição. Isso significa que a próxima  conferência tem que dar um passo a frente", afirmou a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (22).
A Rio+20, Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, terminou hoje com a adoção do documento chamado "O Futuro que Queremos", apresentado pelo governo brasileiro na terça (19). O texto, considerado pouco ambicioso, mas de consenso entre os 193 países, não traz metas para o desenvolvimento sustentável, nem números de financiamento, apenas indica caminhos e intenções.
Durante os três dias de discursos oficiais e reunião de chefes de Estado houve muita crítica ao documento tanto por parte da sociedade civil, quanto dos presidentes participantes, porém o rascunho não foi alterado. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon , chegou a dizer estar decepcionado com o texto, mas depois voltou atrás e disse que a Conferência "era um sucesso".
"Eu vejo com normalidade a reação da sociedade civil; o que está acontecendo aqui é um a conferência de países soberanos", afirmou a presidente ao ressaltar que o mundo vive hoje uma multilateralidade. “Ninguém é responsável pelo atraso de nada. É certo que muitos países estão enfrentando uma conjuntura difícil. Todos os países envolvidos tem que ser responsabilizados. Ninguém aqui pode apontar dedo”.
A presidente destacou a dificuldade de fechar acordos sobre financiamento para ações de desenvolvimento sustentável: "Os países tem estágios diferenciados de consciência e de compromisso, mas temos questões que devem avançar. Uma forma de se evoluir é colocar na pauta o financiamento. Os paises desenvolvidos não querem [acordos sobre financiamento com a criação de um fundo], então tem que respeitar quem não quer. Onde estamos é onde chegamos em conjunto", ressaltou.

Veja as frases que marcaram a Rio+20

Foto 15 de 20 - "O documento final não atende a todos os desejos do Brasil e não satisfaz muitas pessoas aqui, mas tenho certeza que foi o melhor possível", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira Mais Montagem sobre foto de Marco Antônio Teixeira/ UOL
O negociador-chefe do Brasil, André Corrêa do Lago, também destaca o papel dos países em desenvolvimento na nossa geopolítica internacional. Para ele, a manutenção do princípio das "responsabilidades comuns, porém diferenciadas" é essencial para grantir que as nações mais pobres cresçam da sua maneira e nao seguindo o modelo dos países ricos. Segundo Lago, é o princípio que permite que os países dêem passos adiantes no desenvolvimento sustentável.
Brasil
“É óbvio que [o documento] não atende a nossa prática. Somos, talvez, o país mais avançado no gasto ambiental, mas não posso medir todos os países com a medida do Brasil. O multilateralismo se respeita. Pode querer diferente, mas se não deu, não pode criticar [o consenso]”
“É fácil o Brasil ser soberbo, aqui 47% é energia limpa, nos países da OCDE é 7%. Chegamos no que é possível, o que significa uma plataforma comum, e isso é uma grande conquista da diplomacia brasileira e dos países membros que aceitaram discutir”.

Imagens da Rio+20 (21 e 22.jun.2012)

Foto 80 de 107 - 22.jun.2012 - Manifestante protesta durante último dia da Rio+20, Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável Vanderlei Almeida/AFP
O Futuro que Queremos
Para a presidente, o documento traz avanços sobre desenvolvimento no ambiente e na erradicação da pobreza (veja aqui os principais pontos do texto).
Entre os principais pontos destacados pela presidente, está a inclusão no documento final a necessidade de se criar um índice de crescimento alternativo ao PIB (Produto Interno Bruto). “Não pode medir crescimento só com PIB, tem também as vertentes do social e ambiental. Esta é a primeira vez que isso foi introduzido em um documento final”.
Apesar de admitir que a declaração não é muito ambiciosa em suas metas, o governo aponta como avanços a criação de um fórum de alto nível e de grupos de trabalho para criar mecanismos de financiamento e metas para as três áreas centrais do desenvolvimento sustentável: social, ambiental e econômica.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, apontou o estabelecimento de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável como um dos grandes pontos do texto. Com ele, a partir de 2014 serão traçadas metas e prazos para medir e indicar o desenvolvimento dos países.

NOVIDADES DA DECLARAÇÃO "O FUTURO QUE QUEREMOS"

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)Em 2015, acaba o prazo fixado pelas dez "Metas do Milênio" propostas pela ONU para promover desenvolvimento ao redor do mundo. Na Rio+20, os países concordaram em adotar, a partir de 2015, novas metas globais para governos progredirem em indicadores sociais, ambientais e econômicos; serão os ODS
Financiamento de ações sustentáveisFoi um dos pontos de mais difícil negociação. Não houve novos acordos para a transferências de recursos e a criação de um fundo, mas foi reafirmado no documento um compromisso anterior dos países ricos de aplicar 0,7% de seu PIB em assistência oficial para o desenvolvimento em regiões mais pobres do mundo. Até agora, poucos países cumprem esse acordo
Alternativa ao PIBNo último momento, entrou no texto final um parágrafo (38) reconhecendo que o PIB não deve ser medida de progresso das nações. Os países pedem às Nações Unidas que lancem um programa para a formulação de um novo índice, levando em conta também aspectos socias e ambientais
Governança global para o meio ambienteÉ criado, no âmbito da ONU, um fórum político de alto nível para o desenvolvimento sustentável, que vai adotar uma agenda "prática e dinâmica" para a revisão de padrões de produção e consumo. Os países concordaram também em "fortalecer" o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e determinaram que objetivos socioambientais orientem também as atividades de todas as organizações internacionais, como as agências da ONU, a OMC e instituições financeiras
Proteção da biodiversidade dos oceanosOs Estados se comprometem a cumprir acordos passados para a criação de áreas de reservas oceânicas e a buscar um novo tratado para e proteger recursos naturais em alto mar. O texto também condena a pesca ilegal. Poucos países -- entre eles Estados Unidos, Canadá, Rússia e Veneuela -- se opuseram a um novo tratado, mais amplo e rigoroso
CorrupçãoUm parágrafo (266) é dedicado a afirmar que os países vão cooperar para controlar os fluxos financeiros internacionais e combater a corrupção
Erradicação da pobreza como objetivo centralA palavra "pobreza" aparece 68 vezes no texto da declaração. Redução da pobreza é apontado como objetivo principal e mais urgente do desenvolvimento sustentável. O termo "economia verde", também alvo de debates difíceis ao longo da conferência, virou "economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza"

Rio+20 - 13 vídeos

Chuva e trânsito estragam "feriadão da Rio+20" dos cariocas
Estudantes e funcionários públicos ganharam um feriadão com o fechamento de escolas e repartições de quarta a sexta-feira para tentar diminuir o trânsito
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COMENTÁRIOS 11

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  1. Avatar de reganho p

    reganho p

    51 minutos atrás
    O GetulioC , disse tudo e eu digo mais Dinheiro que poderia salvar pessoas pois este pessoal vem somente gastar o que está dificil no Velho Mundo ? Europa está quebrada ,EUA etc.
  2. Avatar de RICK MACHADO

    RICK MACHADO

    1 hora atrás
    É REALMENTE INTERESSANTE O QUE ACONTECE NESSES ENCONTROS. MUITAS PESSOAS QUE CONTINUAM NA ACADEMIA PELA VIDA TODA COM MEDO DE SAIR PARA A VIDA E TER QUE REALIZR ATITUDES REAIS, ENTÃO DESSA FORMA UTILIZAM AS TAIS IDÉIAS E ENCONTROS PRA REVEREM AMIGOS E ANTIGAS TRANSAS. NOSSA SOCIEDADE É DESTRUIDORA E NÃO TEM MORAL NENHUMA PARA CRITICAR ALGUÉM, PRINICPALMENTE OUTRA CULTURA. DESTRUIMOS, MATAMOS, SUJAMOS, ENVENENAMOS E NOS ENGANAMOS. GOSTARIA DE SABER SE PARTE DOS QUE ESTÃO NESSES ENCONTROS POSSUEM UMA ÁRVORE NO PORTÃO DE CASA, UMA CAIXA DE RETENÇÃO DE ÁGUA NO SUBSOLO DA CASA, SE VAI AO MERCADO E AINDA EXIGE SACOLA PLÁSTICA E ASSIM POR DIANTE. OS PRESIDENTES DOS OUTROS PAISES BEM SABEM O POVO QUE SE REUNE NESSES ENCONTROS E REALMENTE NÃO ESTÃO DISPOSTOS A ENFRENTAR ESSAS AVENTURAS.
  3. Avatar de Malicuia

    Malicuia

    1 hora atrás
    A coisa tá braba! D. Dilma dando conselho pro resto do mundo! Socorro!!!
  4. Avatar de otteb

    otteb

    2 horas atrás
    Vódilma sonha muito com maioneses...
  5. Avatar de Tia Dora

    Tia Dora

    2 horas atrás
    Manaja, como diz o outro, fala muito, fala muito Dilma e faz pouco.
  6. Avatar de seth sp

    seth sp

    2 horas atrás
    Vi na Globonews uma entrevista com um ministro alemão, onde ele afirmava que a Merkel não tinha vindo por causa da crise do euro...Um pouco mais tarde, vi a própria Merkel pulando feito uma maluca no jogo da Alemanha contra a Grécia...É...pelo visto, não estão levando muito a sério essa conferencia no Rio.....
  7. Avatar de GetulioC

    GetulioC

    2 horas atrás
    Gasta-se uma dinheirama, na realização desses eventos, para nada. Pura enrolação. Se o planeta depender das ações positivas desse pessoal não dura muito tempo. Muita conversa fiada. Meu respeito eles não têm. Os Estados Unidos fazem o que querem, e fica tudo por isso mesmo. Aqui no Brasil, o desmatamento indiscriminado continuará tranquilamente. Aliás, em face de tudo que vejo (muitas mentiras da parte do governo) não acredito em qualquer informação de melhoria, até por que não há punição aos culpados.
  8. Avatar de Observador2000

    Observador2000

    2 horas atrás
    Esse assunto já encheu. Um bando de gente querendo se dar bem. Um quer criar um fundo para ele ser o diretor. Outro cria a ONG para nao ter que trabalhar. Outro fala para parar de comer carne só para sabotar a produção brasileira. E assim vai. Ainda bem que acaba hoje.
  9. Avatar de Abland

    Abland

    2 horas atrás
    Sem dúvida, a presença ostensiva da Chanceler Alemã prestigiando sua seleção, evidencia que os eventos da Eurocopa, ao menos para ela, tem muito mais importância do que o apoio a discussões sobre "sustentabilidade do planeta" na Rio + 20. O que teria o povo de Israel a opinar sobre atitudes como esta, como exemplos vindos de lideranças da atualidade!

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